A construção civil brasileira atravessa um momento singular de sua história: mesmo em um cenário adverso, bate recordes de lançamentos, contratações e unidades comercializadas. O contexto favorável está atrelado, entre outros fatores, ao acesso facilitado ao crédito, às taxas de juros e aos estímulos bancários com foco no poder de compra da população.
Segundo a Caixa Econômica Federal, as contratações de crédito imobiliário somaram R$ 65,4 bilhões no primeiro semestre de 2021, sendo que, em junho, o banco registrou o maior valor mensal da sua história: R$ 13,1 bilhões. O montante acumulado nos seis primeiros meses de 2021 representa uma alta de 36% em relação ao mesmo período do ano passado.
A carteira de crédito habitacional do banco alcançou R$ 528,9 bilhões, um crescimento de 9,4% na mesma base comparativa. Na avaliação da Caixa, diferentes medidas contribuíram para os resultados positivos alcançados no período, dentre elas a intensificação da jornada digital do financiamento e a criação de novos produtos. A linha de crédito Poupança Caixa, vigente desde março de 2021, representou aproximadamente 40% das contratações em junho.
No primeiro semestre de 2021, R$ 37,4 bilhões foram solicitados com recursos da poupança (SBPE), crescimento de 103,4% na comparação anual. Já com relação ao ano de 2018, a taxa representa uma alta de 719,6%.
Com 67,7% de participação no mercado, a Caixa segue como maior financiador de casa própria no País. A instituição tem um estoque de 5,76 milhões de contratos, crescimento de 5,5% em relação ao primeiro semestre de 2020.
Nos seis primeiros meses deste ano, foram contratadas 153,7 mil novas unidades habitacionais, distribuídas em 1.207 empreendimentos, um crescimento de 36,2% levando em consideração o número de unidades contratadas no primeiro semestre de 2020.
Projeção de crescimento
A construção civil brasileira deverá crescer 4% neste ano segundo projeções da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic). A projeção é do estudo “Desempenho Econômico da Indústria da Construção do 2º Trimestre de 2021”, realizado pela Cbic.
Segundo a entidade, o setor da construção começou 2021 com expectativa de crescer 4% no ano. Com os desafios decorrentes do cenário atual a previsão foi reduzida para 2,5%, em março, mas agora voltou para 4%, o maior crescimento desde 2013. A Cbic acrescenta, ainda, que a demanda consistente por imóvel, as baixas taxas de juros e o incremento do crédito imobiliário vão continuar ao final de 2021 e em 2022.
Sorocaba desponta neste mercado
Segundo a pesquisa “Perspectivas da Incorporação Imobiliária no Interior de São Paulo”, realizada pela Abrainc (Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias) em parceria com a Brain Inteligência Estratégica, o interior do estado registrou, no primeiro trimestre de 2021, 4.590 unidades vendidas, sendo Sorocaba a detentora do maior share deste montante com 35% e 1.584 unidades, à frente de cidades como Ribeirão Preto, Campinas e São José do Rio Preto.
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Perspectivas ilustradas. Imagens meramente ilustrativas sujeitas a alteração sem aviso prévio. Equipamentos e acabamentos conforme memorial descritivo, anexo ao compromisso de compra e venda.