Sorocaba deu o primeiro passo com a inauguração da primeira usina de energia solar com estação de carregamento para carros elétricos e híbridos que utiliza energia limpa
Veículos elétricos ou híbridos – que aceitam cargas de eletricidade e também combustível convencional – são cada vez mais comuns na Europa e em alguns países da Ásia. Sobretudo nas capitais, há diversos pontos de carregamento espalhados pelas cidades.
Ao lado de bicicletas e patinetes, carros elétricos e híbridos são considerados os melhores recursos para mobilidade ecologicamente correta, pois respondem às questões climáticas mais críticas da atualidade: emissão de gases poluentes e dependência de combustíveis fósseis – que não são renováveis.
No Brasil, carros que dispensam motor a combustão ainda não são tão comuns, mas o aquecimento global, que aumenta ano após ano, tem exigido medidas urgentes das iniciativas pública e privada. Em Sorocaba (SP), já é possível ver carros elétricos circulando pela cidade e a tendência é vê-los com cada vez mais frequência.
No dia 25 de julho, a Construtora Planeta inaugurou em seu espaço no Campolim, em Sorocaba, a primeira usina de energia fotovoltaica da cidade com estação de carregamento de carros elétricos que utiliza energia limpa, neste caso, a solar.
A ideia é que a estação atenda proprietários destes veículos: o carregamento é gratuito, basta solicitar à recepção do local o cartão do aparelho e efetuar a recarga. Dependendo do modelo, leva em média uma hora e meia para que o veículo fique completamente carregado. O mesmo vale para a autonomia, que varia de automóvel para automóvel. A estação é compatível com carros elétricos de padrão europeu.
“A ideia da usina e da estação de recarga surgiu graças ao DNA sustentável da Construtora Planeta. A forte incidência do sol no local foi o ensejo para estruturarmos esse sistema de captação de energia solar, voltado tanto para uso interno quanto para a rede de distribuição da cidade”, afirma Henrique Penteado, diretor comercial da construtora.
ELÉTRICO X MOTOR A COMBUSTÃO
É verdade que, ao menos por enquanto, carros elétricos e híbridos possuem valor de venda mais elevado que os a combustão. Mas é verdade também que, quando o assunto é manutenção, a conta sai mais barata. Isso porque não há partes móveis no motor e câmbio para dar problemas ou óleo para trocar. São cerca de 50 peças contra 350 de um propulsor convencional. Além disso, os freios duram mais, já que são menos exigidos graças ao sistema de recuperação de energia. A manutenção promete ser até 30% mais barata, segundo as fabricantes.
A potência também não fica para trás: estes automóveis possuem torque e velocidade de aceleração tão eficazes e satisfatórios quanto os convencionais nas mesmas configurações.
PROJEÇÕES PARA O FUTURO
A tendência é que, conforme forem se popularizando, carros elétricos e híbridos fiquem mais baratos, sobretudo com o crescimento da infraestrutura para montagem, venda, recarga e manutenção destes veículos. E, segundo especialistas, esta realidade não está tão distante assim.
A Prefeitura de São Paulo, por exemplo, já incentiva o uso destes automóveis. Lá, munícipes que adquiriram veículos elétricos ou com sistema híbrido em sua matriz energética podem solicitar a restituição parcial do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) para carros adquiridos a partir de 2014, ano da Portaria (PORTARIA Nº 063/2015 – SVMA) que regulamenta essa devolução.
Além disso, tais veículos são isentos do polêmico rodízio de placas da capital; evidentemente, a decisão está amparada no número menor destes carros em relação aos movidos a combustão. Mas a iniciativa é plausível e um exemplo para as demais cidades do país. Em um futuro próximo, a expectativa é que estes incentivos se estendam a outras regiões, juntamente com a popularização dos carros elétricos e híbridos. O meio ambiente agradece.
Foto: Emído Marques/Jornal Cruzeiro do Sul
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Perspectivas ilustradas. Imagens meramente ilustrativas sujeitas a alteração sem aviso prévio. Equipamentos e acabamentos conforme memorial descritivo, anexo ao compromisso de compra e venda.